Acidente com choque elétrico traz de volta o debate sobre os perigos decorrentes de falhas e falta de manutenção nas edificações
O acidente com choque elétrico, envolvendo uma adolescente de 13 anos, volta as atenções para os cuidados com as manutenções e atenção às normas de segurança que devem ser tomadas em prédios e condomínios. A garota foi eletrocutada ao se apoiar na caixa de metal, em que fica a fiação de interfones, para abrir o portão do prédio onde residia com a família, no bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. O objeto, indevidamente energizado, provocou a passagem da corrente elétrica pelo corpo da menina, que não resistiu e faleceu no local.
Segundo o engenheiro eletricista Breno Assis, presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip-MG), há dois tipos de exposição ao choque elétrico: o contato direto com partes “vivas” da instalação; e o contato indireto, em que as pessoas ou animais tocam em massas submetidas à tensão por falha de isolamento. “Pelo fato da energia ser ‘invisível’, os acidentes por contatos indiretos representam maior perigo e, normalmente, poderiam ser evitados com medidas simples, como o aterramento das massas e uso de dispositivos adequados para a proteção, além de manutenções periódicas, uma vez que a isolação dos fios elétricos podem perder suas propriedades por problemas relativos ao envelhecimento, temperatura elevada, decapagem por vibração/atrito e ligações realizadas por pessoas não capacitadas”, afirma.
De acordo com o engenheiro, existem alguns itens considerados fundamentais no adequado dimensionamento das instalações elétricas, facilmente listados por um profissional qualificado – o engenheiro eletricista – capazes de minimizar os riscos de choques elétricos, tais como: utilização de cabos elétricos alimentadores com dupla isolação, resistente à umidade (uma vez que, no caso do acidente com a garota, a caixa metálica em questão encontra-se instalada em área externa, sobre um jardim); utilização do dispositivo diferencial-residual (DR) para a proteção contra choques no circuito alimentador dos componentes; além do uso de um invólucro apropriado dos componentes internos, com a devida classe de isolação adequada aos ambientes ou ao conhecimento das pessoas que o utilizarão, manusearão ou estarão expostas à sua influência.
No meio técnico, há uma enorme coletânea de medidas obrigatórias capazes de garantir a segurança das pessoas que utilizam as instalações. “As normas que regem as instalações elétricas possuem capítulos específicos que tratam, no mínimo, da proteção contra choques elétricos, efeitos térmicos, incêndios, queimaduras, além de desligamentos de emergência, qualificação profissional e condições de fuga de pessoas em situações de emergência. Todos esses itens são de observação obrigatória tanto pelos profissionais que projetam quanto pelas empresas ou profissionais que executam estas instalações”, afirma Breno Assis.
A NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, por exemplo, dá subsídios para o dimensionamento e a especificação de equipamentos de proteção a serem adotados em uma edificação, com a finalidade de proteger pessoas e aparelhos dos surtos e descargas elétricas. “O que acaba permitindo que esses acidentes ocorram é o incrível senso comum de que tais medidas podem ser impunemente burladas, tal como ocorre com a maioria das leis que constituem o nosso país. Em hipótese alguma, massas ou partes condutivas acessíveis devem oferecer perigo, seja em condições normais, seja em particular, em caso de alguma falha que as torne acidentalmente energizadas”, diz.
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